Pov de Léo


Tudo estava estranho em casa, minha mãe mal falava comigo, minha irmã me evitava e isso já estava me enchendo o saco. Eu estava em meu quarto fazendo meu trabalho quando ouço a campainha tocar e a louca da minha irmã dar um grito: Meu pai estava na área.


Meu medo era de ele não acreditar em mim e achar realmente que eu era um cara descontrolado como ele. Não demorou muito para que batessem na porta e a própria se abrisse e meu pai entrou no meu campo de visão.



_ Oi garoto... Podemos conversar? – Ele disse serio.


_ Claro pai. – Eu disse deixando a caneta em cima de minhas anotações.


_ Muito trabalho pro meu futuro advogado? – Ele disse sorrindo, o que me surpreendeu.


_ Sim, não está sendo fácil.


_ Vem cá. – Ele disse me puxando para um abraço. – Eu estava realmente sentindo sua falta e confesso que receber um telefonema de sua mãe realmente me assustou. O que aquela louca anda aprontando?



Eu sabia que não poderia fugir daquela conversa, então contei a ele tudo o que estava acontecendo.



_ Pode não parecer, mas eu sei o que você está passando. Sei que sou um homem estressado e conviver com sua mãe só piorou, mas sei que você jamais cometerá os mesmos erros que eu, porque você é diferente, meu filho... Vejo isso em seus olhos. – Ele disse pondo a mão em meu rosto. – Pena que sua mãe e sua irmã não vejam isso.


_ E qual é a sentença? – Eu disse o encarando serio.


_ Hey não vai ser algo tão ruim assim! – Ele disse rindo. – Sei que suas intenções para com seus amigos são as melhores, mas elas estão com medo de você e sua mãe não quer estragar essa nova fase que ela está tendo com a Karyn...


_ Então vou ter mesmo que sair daqui? – Eu disse apavorado, pois sei que meu pai vive viajando por causa dos negócios. – Eu não quero sair da Universidade e recomeçar em outro lugar pai.


_ E quem disse que isso vai acontecer?


_ Mas você não está morando em Londres por causa da empresa?


_ Ih garoto, você está atrasado mesmo! – Meu pai disse na gargalhada. – Faz duas semanas que estou em Tóquio!


_ Wow! Não é muito longe não?


_ Relaxa ok. Eu estou em constante movimento, mas a nossa casa está de portas abertas pra você sempre.


_ Como assim? – Eu disse sem entender.


_ Você acha que dá conta de morar sozinho? Claro que lá na cobertura eu tenho empregados... Mas é que não estarei sempre lá entende? Por causa da empresa, estou sempre viajando, mas prometo passar pelo menos uma semana com você e poderemos fazer coisas que pai e filho fazem. Assim sua mãe tem a oportunidade de conviver com a Karyn e quem sabe ela venha morar de vez com ela, é a oportunidade que ela sonhou desde a separação dela com o idiota do Tompson.


_ Ok. –Eu disse por fim. – Eu vou com você.


_ Ótima escolha garoto! Vá e arrume suas coisas, pegue mais o que você vai usar mesmo. Seu quarto continua lá e se você quiser redecorar ao seu gosto o cartão está lá pra isso.


_ Obrigado pai. – Eu disse o abraçando.


_ Pelo que?


_ Por tentar fazer funcionar dessa vez.


_ Eu sempre quis que funcionasse meu filho... O problema é que sua mãe nunca me deu a chance. Mas agora vamos, porque mais um minuto na presença da sua mãe eu fico louco. – Ele disse rindo.



Logo peguei uma bolsa e coloquei algumas roupas, sapatos, o básico mesmo, eu só queria dar um tempo disso tudo. Eu estava pegando alguns materiais e meu notebook quando meu pai pegou minha mochila com o meu material e já fomos descendo, eu só queria poder sair dali logo. Já na sala...



_ Pelo visto, vejo que se entenderam. – Disse minha mãe vindo até nós.


_ Sim. Fiz o que você não fez, escutei meu filho, e achamos melhor ele ir dar um tempo lá na cobertura.


_ Não queira me dizer como eu deva agir com o meu filho.


_ Não vou discutir com você. – Meu pai disse revirando os olhos. – Aproveite esse tempo pra elaborar algo pra convencer sua filha a morar de vez com você. – Ele disse debochadamente.



Sei que meu pai não perde a oportunidade de provocar a minha mãe, pois se hoje eles estão separados foi com uma ajudinha dela, pois ela sempre ligou pra dinheiro e status e nunca esteve nem aí com o meu pai, mas ele continuava o casamento por amor a ela e a mim, mas chegou a um ponto que ficou insuportável e na última briga deles ela ultrapassou dos limites e foi onde ele acabou agredindo ela, um tapa e foi o suficiente pra fazer da vida dele um inferno. Na época eu não entedia sobre isso, mas depois de ver tudo acontecer, só que com o pai da Karyn eu compreendi, só que dessa vez quem se saiu mal foi minha mãe, pois Frederik não caiu no joguinho dela e com isso ele conseguiu ficar com a guarda de Karyn, alegando que minha mãe não estava capacitada de cuidar da filha deles. Só espero que elas não acabem se matando dentro dessa casa, pois minha mãe tem o gênio muito forte e Karyn não é diferente.


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