Pov de Henrique
Acordei atrasado pra variar, isso que dá chegar tarde da casa do Léo. Estranhei o fato do meu pai não ter vindo me acordar. Assim que me arrumei, desci pra tomar o café, mas a sala de jantar estava servida, porém em silêncio.
_ Bom dia senhora Mitchell.
_ Bom dia garoto.
_ Cadê todo mundo?
_ Ontem seu pai saiu daqui correndo com a menina Daniely e ainda não voltou.
Quando ouvi o nome de Dany meu sangue gelou. Como assim saiu correndo com ela? Sem perder tempo peguei meu celular e liguei para meu pai.
Ligação On
_ Oi pai! Onde o senhor está? O que ouve com a Dany?
_ Oi... Estou no hospital do centro... A Dany teve um problema ontem a noite e ainda estamos por aqui resolvendo.
_ Vou tomar meu café e já vou me encontrar com vocês.
_ Não Henrique, vá pra aula. Qualquer coisa eu te aviso.
_ Mas pai!
_ Henrique, faça o que estou mandando. A situação aqui está tensa e estando aqui você não vai ajudar em nada. Eu vou te buscar no final das aulas e depois conversamos.
_ Tudo bem, qualquer coisa se precisar me ligue.
Ligação Off
Porque eu tenho que hibernar? Alguém me explica isso por favor? Como acontece algo grave com a minha Dany e eu não fico sabendo?
O fato de saber que ela não está bem me deixa apavorado. Logo tomei meu café e assim que terminei fui pra Universidade com a cabeça a mil. Eu estava em frente ao meu armário pegando minha apostila quando Léo aparece ao meu lado. Tentei disfarçar ao máximo o que estava sentindo, mas ficar no escuro estava me deixando angustiado. Não demorou muito para que o interrogatório começasse.
_ Hey cara, você está bem? O que ouve?
_ A Dany.
_ O que tem ela? Não me diga que não aguenta mais ignorá-la?
_ Ela está no hospital.
_ Porque? O que ouve?
_ Eu não sei... – Eu disse começando a chorar. – Meu pai não quis dizer, mas parece que foi serio.
Sem dizer nada Léo apenas me abraça. Vendo que muitas pessoas estavam nos encarando ele me puxou pra fora e fomos pra biblioteca. Ficamos por lá durante dois períodos e depois finalmente fomos pra sala. Durante a aula nada de interessante aconteceu e assim que o sinal bateu fomos pro refeitório. Eu não estava com fome, então fiquei apenas no suco quando Nathaly aparece toda sorridente.
_ Hey Henrique, a Dany não veio hoje? Liguei pra ela, mas ela não atende.
_ Não. – Eu disse sem olhá-la. – Mas avisarei a ela que você perguntou. – Eu disse seco.
Vendo que eu não estava com bom humor ela apenas saiu sem falar nada.
_ Vai com calma... Sei como está se sentindo, mas tente relaxar um pouco. Talvez a Dany tenha melhorado, por isso seu pai não ligou.
_ Não sei te explicar, mas algo me diz que é algo serio... Estou com medo. – Eu disse sentindo minhas lágrimas rolarem por meu rosto.
_ Quando você for pra lá você tem que estar bem pra vê-la e assim você não está ajudando. Vamos esperar pra saber o que realmente está acontecendo.
Pov de Léo
Ver meu melhor amigo todo destruído por causa da garota que ama realmente acaba comigo. Eu queria poder ajudá-lo mais, não gosto de vê-lo assim sofrendo calado. Não sei se é por vergonha, mas não é tudo o que ele me conta e sei o quanto ele sofre com isso.
Durante as aulas ele ficou distante, a maior parte ele estava chorando, até que nas duas ultimas aulas a professora acabou nos dispensando, pois ele realmente não estava bem. Já no horário da saída, mandei uma mensagem pro meu pai avisando de que iria pro hospital com HD, ele precisava de mim ao seu lado.
Durante nossa ida, Victor foi nos explicando o que havia acontecido com Dany, mas nada fazia sentido. O que será que havia acontecido pra ela ter uma crise tão forte assim? Se HD estava péssimo antes de saber, imagine como ele estava no momento.
Ao chegarmos ao hospital fomos direto para a lanchonete procurar por Nanda, que estava sentada em uma cadeira, seu olhar estava perdido em algum ponto da parede branca do lugar e ela bebericava um copo de café, ela aparentava estar bem abalada.

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