Pov de Fernando

 

 

 

Passei a madrugada toda pensando nas últimos acontecimentos e mesmo passando por isso ainda me custa acreditar que ajudei meu pai a matar um vampiro. Entrei em meu quarto, tranquei a porta e me sentei na cama, perdido em meus pensamentos. Flashbacks das palavras do meu pai sobre Aro Volturi, a morte da minha mãe e o perigo iminente para Bella.

 

 

Eu relembrava a conversa que tive com meu pai sobre a profecia e sobre o verdadeiro pai de Bella que pode estar atrás dela. Na manhã seguinte me arrumei e fui direto pra Faculdade, procurei rapidamente por Bella, mas não a encontrei.

 

 

Passei a manhã toda atrás dela e nada, era como se ela estivesse sumido do planeta. Já na hora do almoço, fui até o refeitório e a vi sentada comendo com Jacob e Ângela, fiz sinal para que ela me procurasse assim que terminasse o seu almoço.

 

 

 

Fui direto para minha sala esperá-la, eu estava ansioso, angustiado, era uma mistura de sentimentos que me fazia ficar agitado. Em 15 minutos escuto uma batida na porta e eu autorizo a entrada e vejo Bella entrando timidamente. Assim que ela se sentou já fui direto ao assunto.

 

 

Expliquei a ela sobre a possibilidade de seu verdadeiro pai estar procurando por ela e sobre o interesse dos Volturi na profecia. Bella ficou chocada com as revelações e acabei contando sobre o passado da minha família, a morte da minha mãe, o que meu pai havia se tornado e lhe garanti proteção caso ela quisesse.

 

 

 

— Pense nisso Bella, a organização do meu pai pode te ajudar de alguma forma.

 

 

— Vou pensar sim professor e qualquer coisa vamos nos falando.

 

 

 

Pov de Kalil

 

 

 

Eu estava no refeitório quando vi meu pai aparecer na porta e fazer sinal para Bella, ele parecia estar preocupado e isso me chamou a atenção, pois não sei o que acontece que sempre os vejo conversando. Já tentei descobrir sobre o que eles tanto conversavam, mas meu pai é profissional demais e isso me irrita.

 

 

Assim que ela terminou de almoçar ela saiu e não perdi tempo e fui atrás, eu precisava saber o que tanto eles conversavam. A vi bater na porta da sala do meu pai e não demorou muito para que ela abrisse a porta e entrasse. Corri e já coloquei minha orelha na porta, eu precisava saber.

 

 

Confesso que não imaginava o teor da conversa, mas eu jamais desconfiaria de que vampiros estavam atrás de Bella. Sobre uma tal profecia que ela fazia parte por ser um anjo, isso explica muita coisa sobre Bella. Vi aí a chance perfeita de me aproximar desse tal Aro para ganhar mais poder, quem sabe assim Bella assasse a me olhar de outra forma.

 

 

Só não gostei de saber que eu teria que pedir ajuda a quem fez mal a minha família, mas se pra isso eu teria Bella ao meu lado, faria sem pensar. Logo eles se despediram e corri pra não ser pego.

 

 

Passei o restante da aula de olho nos dois, mas nada fora do comum aconteceu. Depois que ouvi a conversa do meu pai com Bella sobre Aro Volturi, minha cabeça estava repleta de perguntas sem respostas. Eu sabia que, para conseguir a atenção de Aro e se aproximar dos Volturi, precisava descobrir tudo o que pudesse sobre aquele clã sombrio e sobre os segredos que pareciam envolver minha própria família.

 

 

Depois de um dia sem sucesso, voltei para casa frustrado. Joguei a mochila no sofá e fui direto para o computador. Sentado à frente da tela, digitei "Aro Volturi" na barra de pesquisa e esperei ansiosamente pelos resultados. No entanto, o que apareceu foi decepcionante: nada além de páginas sobre lendas antigas e relatos vagos sobre vampiros na literatura. Nenhuma pista concreta sobre quem era Aro, ou o porquê de ele ser tão temido.

 

 

O tempo passou, e a tarde se transformou em um frustrante ciclo de páginas em branco e informações desconexas. Exausto, decidi mudar de abordagem. Me lembrei de uma coisa: meu avô, Gregory, sempre tivera uma ligação suspeita com assuntos sobrenaturais, e talvez ele soubesse mais sobre Aro do que deixava transparecer. Com o sol já se pondo, encontrei meu avô no quintal, cuidando das plantas como de costume.

 

 

— Vovô, preciso te perguntar uma coisa. — Comecei, tentando parecer casual. — Você conhece alguém chamado Aro Volturi?

 

 

Meu avô parou por um momento, as mãos congeladas sobre a terra. A surpresa em seus olhos foi imediata, mas rapidamente substituída por uma expressão neutra. Ele limpou as mãos na calça e olhou para mim com uma falsa serenidade.

 

 

— Aro Volturi? Nunca ouvi falar. É algum amigo seu? — Ele respondeu, tentando desviar o assunto com um sorriso.

 

 

Estreitei os olhos, reconhecendo a mentira. Eu conhecia bem meu avô; ele estava escondendo algo, e a forma como tentou se esquivar da pergunta só reforçou minha suspeita. Insisti por alguns minutos, mas meu avô manteve a mesma postura evasiva, mudando de assunto até finalmente sair, alegando ter alguns assuntos urgentes para resolver na cidade.

 

 

Assim que ele saiu, aproveitei a oportunidade. Sabia que meu avô costumava demorar quando saia sem aviso, então resolvi explorar o quarto dele, algo que sempre foi estritamente proibido. Depois de confirmar que estava sozinho, subi as escadas e me esgueirei pelo corredor até a porta entreaberta do quarto.

 

 

O espaço era uma mistura de livros antigos, mapas espalhados e uma escrivaninha abarrotada de papéis. Comecei a vasculhar cada gaveta, caderno e documento que encontrava. Quando já estava quase desistindo, avistei algo diferente: um diário de couro desgastado, escondido embaixo de algumas camisas. Era um objeto peculiar, tive um pressentimento imediato de que estava prestes a encontrar o que tanto procurava.

 

 

Abri o diário com cuidado, e as páginas amarelas revelaram anotações detalhadas sobre vampiros, clãs e conflitos sobrenaturais. Folheando com pressa, deparei com o nome que tanto o intrigava: Aro Volturi. Meu coração acelerou ao ler os relatos de meu avô sobre o líder dos Volturi, descrito como manipulador, ambicioso e extremamente perigoso. As anotações falavam de um acordo rompido e de uma profecia envolvendo Bella, que colocava Aro em busca incessante de poder.

 

 

Senti um calafrio percorrer minha espinha ao perceber a magnitude das informações que meu avô escondia. Aquele diário não era apenas um registro; era a chave para entender o envolvimento de meu avô com os Volturi e, principalmente, o motivo pelo qual Aro estava atrás de Bella. Com o diário em mãos, eu sabia que tinha agora o conhecimento necessário para impressionar Aro e avançar em seu próprio plano, mas também se deu conta do perigo que envolvia cada movimento a partir de agora.

 

 

Fechando o diário com firmeza, eu sabia que estava diante de uma decisão crítica. Minha cabeça se encheu de planos e estratégias, mas uma coisa era certa: eu não iria parar até colocar as mãos em Bella e provar meu valor para Aro, mesmo que isso significasse trair a minha própria família.

 


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