Pov de Jacob


Eu queria passar mais tempo com Kelly, conhecê-la melhor, então resolvi levá-la pra reserva e passar o dia juntos. Quando ela disse que iria pra academia quase pirei! Só de pensar nela com aquela roupa coladinha de ginástica e os caras a azarando-a meu sangue fervia. Já no carro pude ficar mais a vontade e logo dei um beijo carinhoso nela.



— Você é perfeito sabia? –Ela disse com um largo sorriso. – Se tudo o que estou passando com você for um sonho eu não quero mais acordar.


— Sou sua mais pura realidade, acostume-se com isso. –Eu disse dando a partida no carro.



Já na estrada ela estava perdida olhando a paisagem e pela cara dela não era algo legal.



— Algum problema?



— Você conhece um tal de Emmett?



— Por quê? –Perguntei sem entender.



— Não... É que eu o vi de longe e queria saber mais sobre ele.



— Porque o interesse nele? –Perguntei enciumado e ela notou.



— Nada demais mesmo. Não sei como ele descobriu meu Instagram e acabamos conversando ontem à noite.



— Ele deu em cima de você? –Eu disse apertando minhas mãos no volante.



— Tudo isso é ciúme? –Ela disse segurando uma risada.



— Pra ser sincero sim. Não gosto de nenhum Cullen, eles são atraso de vida.



— Caramba... Sua rixa é pela família toda?



— Não gosto de cada um deles, mas tem um motivo.



— Você quer falar sobre isso?



— Claro, não tenho porque guardar segredos de você. –Eu fiz uma pequena pausa. – A Rosalie é muito metida, é uma patricinha de merda, vive humilhando os outros por causa de sua grana. A Alice é outra que só sabe falar em moda, homens, e dinheiro! Essa anãzinha de jardim fala pelos cotovelos, e vive se metendo em encrencas por causa disso. O Jasper é um morto vivo que não tem boca pra nada! Ele e a Alice são namorados, mas nem parece, é muito difícil ver eles juntos. O Emmett é um galinha de mão cheia! Vive dando em cima da mulherada na cara dura, nem respeita a Rosalie.



— Ele disse que estava solteiro.



— Se ele mexer com você me avise. Ele é muito abusado.



— Tudo bem, mas e o Edward? Deu pra perceber que ele não gosta que você se aproxime da Bella.



— Bom, com ele o lance é mais complicado. –Eu disse ficando serio de repente.



— Se você não quiser falar sobre isso tudo bem, eu vou entender.



— Tudo bem. Eu conheço a Bella desde criança e sempre fomos amigos. Na época da separação de seus pais ela acabou indo embora de Forks com a mãe e quando estávamos no penúltimo ano ela voltou pra cá pra morar com o pai e nossa amizade ficou mais forte e acabamos ficando, mas aí ela teve uma briga feia com o pai dela, até a mãe dela apareceu por aqui na época e a levou embora, e não nos falamos mais. Fomos nos rever quando estávamos na Universidade, mas ela nunca me disse o motivo da sua partida, então quando ela voltou ela logo começou a namorar com o Edward. Ele é muito ciumento e não gosta que eu fale com ela.



— Mas ele tem que entender que vocês tiveram um passado juntos.



— Acho que ele tem medo de eu roubá-la dele, sei lá.



— E isso pode acontecer? –Ela disse fazendo bico.



— Agora quem ta com ciúmes é você! –Eu disse rindo.



— Claro, quero ter o direito de defender o que é meu, não é?



— Ah... Agora eu sou seu?



— E-eu... e-eu... –Ela disse toda atrapalhada.



— É bom saber que estamos passando para o próximo estágio. –Eu disse com um largo sorriso.



— Bom, mas o que faremos hoje?



— Vou preparar um delicioso café da manhã pra nós e depois vamos nos exercitar juntos.



— Seu pai vai estar lá?



— Sim, por quê?



— Sei-lá, ainda acho que ele não foi com a minha cara.



— Relaxa. –Eu disse pegando sua mão. –Meu pai ficou daquele jeito ontem porque foi uma surpresa pra ele me ver com alguém, pois minha única namorada foi a Bella e de repente ele te vê lá. Ele gostou de você.



— Mas nem conversamos!



— Só o fato de eu estar com alguém e estar feliz é o que basta. Meu pai disse que você parece ser uma ótima pessoa e ele acertou. –Eu disse dando um beijo em sua mão.



Não demorou muito para que chegássemos em La Push e logo parei o carro.



— Preparada?



— Acho que sim.



Saímos do carro e notei que ela estava com um pouco de receio de entrar em casa, então peguei sua mão e a puxei. Já dentro de casa ela se assustou com a almofada que me acertou em cheio.



— Onde você estava, seu tosco!



— Nossa!... –Ela disse dando um pulo.



— Caraca! –Disse Embry. –Você é louco? Sequestrou uma deusa pra que? Pra pedir resgate é que não é!



— Oi pra você também! –Eu disse jogando a almofada nele. –Gata, esse é Embry, um grande amigo meu. Embry essa é Kelly, minha namorada.



— Namorada? Você? –Disse ele rindo. –Você não está com a bola toda pra conseguir um mulherão desses! Aí moça, quer que eu a liberte do seu sequestrador? –Ele disse se dirigindo a Kelly.



— Não... Obrigada. –Ela disse sorrindo.



— Olha o respeito com ela. –Eu disse me aproximando dele e lhe dando um peteleco na cabeça. –O que você está fazendo aqui tão cedo?



— O Quil me pediu pra te avisar que ele está te esperando lá na praia. Ele queria surfar antes de vocês irem pra Seattle.



— Tudo bem. Agora vasa!



— Ok. E você moça, tem certeza de que não quer minha ajuda?



— Não, mas valeu.



Depois que ele saiu...



— Não liga, ele é assim mesmo.



— Todos seus amigos são divertidos assim?



— Alguns são piores. –Eu disse rindo.



Sem perder tempo fui preparar nosso café da manhã, com ovos mexidos, frutas, suco, e bolo. Depois de nos alimentarmos bem, eu fui pro banheiro trocar de roupa e ela foi até meu quarto se trocar, ao sair tive a visão mais maravilhosa da minha vida. Kelly estava linda de roupa de ginástica e pra dizer a verdade muito gostosa.



— Uau! –Disse boquiaberto.



— Que foi?



— Você está demais com essa roupa. Você tem certeza de que quer malhar? Podemos ficar aqui e...



— Vamos logo. –Ela disse vermelha.



Depois de nos alongarmos, fizemos uma corrida até a praia. Ao chegarmos fizemos umas séries de abdominais, flexões e voltamos a correr na beira da praia. Estávamos em uma corrida leve quando Quil me chamou.



— Oi, Jake. –Ele disse se aproximando.



— Oi. Quil essa é Kelly, amor esse é meu amigo Quil.



— Oi. –Kelly disse cumprimentando-o.



— Oi. –Ele disse gentil. –Perdi alguma coisa? –Ele disse olhando pra mim.



— Vamos pra Seattle depois do almoço.



— Ok, eu só queria mesmo saber o horário, pois ainda tenho que ajudar minha mãe em casa.



— Certo, mas você viu o Sam por aí?



— Já foi pra oficina.



— Se você o ver diz que mais tarde eu passo lá pra conversarmos.



— Tudo bem. Tchau pra vocês. E foi um prazer conhecê-la, Kelly.



— O prazer foi meu.



Depois que ele saiu.



— Você volta em tempo para irmos pra festa né?



— Que festa?



— A Alice vai dar uma festa e...



— Você quer ir mesmo a essa festa?



— Quero fazer amizades, assim minha avó não fica no meu pé.



— Tudo bem, passo na sua casa as oito, mas agora vamos continuar.



Corremos mais um pouco e depois voltamos para a casa. Ao entrarmos...



— Oi pai! –Eu disse fechando a porta.



— Oi meu filho. –Ele disse se aproximando da gente. –Oi minha filha, como você está? –Ele perguntou sorrindo.



— Bem e o senhor?



— Estou bem, mas me chame de Billy.



— Pai, a picape está tudo ok, e depois de almoço eu vou com o Quil comprar as peças que o Sam pediu.




— Tudo bem.




— Fica a vontade, eu vou lá na cozinha pegar suco pra nós. –Eu disse lhe dando um selinho e indo pra cozinha.






Pov de Kelly



— Sente-se.



— Obrigada.



— Ontem eu fiquei surpreso por ver meu filho com alguém. Ele parece gostar muito de você.



— Eu também gosto dele. –Respondi um pouco sem graça.



— E seu avô? Faz tempo que não o vejo!



— Ele vive trancado no escritório e não adianta falar pra ele sair e se divertir um pouco.



— Diz pra ele que o próximo final de semana eu vou pescar e espero ele aqui em casa.



— Meu avô pescando? –Estranhei. –Essa eu quero ver. Nunca vi meu avô fazendo alguma coisa sem ser jogar tênis!



— Ele é um ótimo pescador. –Billy disso rindo.



Não demorou muito para que Jacob voltasse pra sala e ver eu e Billy conversando animadamente. Logo ele serviu os copos com o suco. Ficamos nós três conversando até que Billy teve que sair.



— Acho que vou embora.



— Porque?



— Quero tomar um banho, estou toda soada.



— Deixa de frescura. –Ele disse se levantando do sofá e me pegando no colo.



— Jake! –Eu disse rindo. –O que você está fazendo?



— Te levando pro banheiro.



Assim que ele me deixou dentro do banheiro, ele saiu e logo voltou com uma toalha e minha bolsa e me entregou.



— Fique a vontade.



Quinze minutos depois eu já estava na sala e me sentei no colo dele pra vermos tv.



— Caramba, ta frio. –Eu disse se aconchegando nos braços de Jake.




— Deixa que eu te esquento. –Ele disse me abraçando.




Nisso o meu celular começou a tocar e logo atendi




— Oi Kah, como você está?



— Estou do mesmo jeito, mas e você?



— Por aqui está tudo bem, mas o que ouve amiga?



— O Gabriel que está doido pra saber onde você está. Ele até bateu no Jean pra saber seu paradeiro.



— Ele é louco? Mas como o Jean está? –Eu disse me endireitando no colo de Jake.



— Está hospitalizado, com duas costelas e o nariz quebrados.



— Esse marginal é totalmente sem noção! Nunca fiquei com ele pra ele agir assim!



— Ele está obcecado. Ele disse que vai te achar nem que seja no inferno.



— Você já avisou os meus pais?



— Sim, eles estão preparados pra qualquer eventualidade.



— Mas e o pessoal?



— Todos bem. O Umberto aceitou ir pra clinica se tratar.



— Que ótima noticia. O Umberto é gente boa, não sei como ele foi cair nessa cilada.



— O que você acha? Foi o Gabriel que enfiou ele nessa roubada.



— Não sei como a policia não pegou esse cara ainda.



— A família dele é da policia, esqueceu?



— Me esqueci desse detalhe.



— Olha, só liguei pra avisar sobre o Jean, qualquer novidade eu entro em contato.



— Ok flor, tchau.







Pov de Jake




— Que foi? –Perguntei preocupado.



— Um amigo meu que apanhou por minha causa. - Ela diz ficando triste.



— Como assim?



— Meus amigos conheceram o Gabriel, um cara da pesada. Ele é traficante e acabou me conhecendo através dos meus amigos. O cara está obcecado por mim, então meus pais me mandaram pra cá, agora ele está igual a um louco me procurando. Bateu em um dos meus amigos pra ver se descobria o meu paradeiro.



— Caramba. Mas não tem como esse cara chegar nos seus pais, né?



— Não. Com certeza eles reforçaram a segurança.



— Que foi amor? –Eu disse passando a mão em seu rosto.



— Estou feliz por um dos meus amigos querer se tratar, mas os outros...



— Um dia eles vão perceber que entraram numa furada.



— Tomara. –Ela disse me abraçando.



Ficamos ali juntinhos até a hora do almoço. Nós dois fomos pra cozinha fazer algo para comermos, e depois que terminamos, arrumamos a louça do almoço. Como eu tive que ir pra Seattle, fui levá-la em casa. Eu realmente não queria ir, mas eu tinha que ir para comprar as peças para a oficina. Depois de nos despedirmos voltei para La Push, pois ainda tinha que pegar Quil.



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