_ Mas isso não é motivo pra agredi-la verbalmente! Desse jeito você está dando ela de bandeja pro cara! Lute por ela! Ela pode se apaixonar por você irmão! Basta jogar as cartas certas!
_ Mas como?
_ Primeiramente pedindo desculpas. Diga como está se sentindo pelo cara estar em cima! Diga sobre seus sentimentos! Ela é uma garota doce e vai te perdoar.
_ Você acha?
_ Sim.
_ Então eu vou falar com ela. –Ele disse animado. –Onde ela está?
_ Ela foi embora!
_ O que?! - Ele disse sem acreditar.
_ Não sei o que você disse a ela, mas ela saiu daqui chorando. Fiquei preocupado de deixá-la sozinha então ofereci carona. A deixei por lá e voltei pra cá pra ver o que estava rolando entre vocês!
_ Preciso falar com ela! Preciso pedir desculpas por ter sido um moleque.
_ Vai logo! Não perde tempo não!
_ Valeu Léo.
_ Não por isso irmão.
Nisso ele saiu como um louco pelo parque.
❦
Como eu sou um verdadeiro idiota! Eu tentando ignorá-la para que não brigássemos e eu fiz pior, a magoei profundamente. Saí como um louco, eu tinha que falar com Daniely, eu não me perdoaria se eu a fizesse sofrer mais.
Não demorou muito para que eu chegasse em casa e logo entrei e fui procurá-la. Notei que meu pai e Nanda não estavam, e isso era um ponto pra mim, se não eles iriam fazer um barulho grande e com razão, então fui direto para a porta do seu quarto. Eu estava nervoso, mas tomei coragem e bati na porta.
_ Dany, precisamos conversar. –Eu disse com a esperança dela responder, mas em vão. –Por favor Dany, abre pra mim?
Esperei algum tempo e nada então comecei a falar da porta mesmo.
_ Me perdoe Dany, por ter sido um idiota com você. Eu sei que sou um cretino, mas eu estava com a cabeça quente. Me perdoa por favor. Eu preciso te falar algo, mas tem que ser frente a frente, abre a porta. Eu sei que você está acordada.
_ Vai embora! –Ela disse com a voz falhada como se estivesse chorando.
_ Eu preciso de você Dany! –Eu disse começando a chorar. – Eu fui grosso com você, mas eu tive meus motivos. Não estou dando justificativa pro que eu fiz, mas é que eu não sei lidar com o que eu estou sentindo.
_ Eu não quero saber de nada que venha de você Henrique Dansky! Eu não quero conversar com você nem agora e nem depois! É só continuar o que você estava fazendo lá no parque! Continue me ignorando! Vai ser melhor pra todo mundo! Agora me deixa em paz! –Ela disse aos berros.
_ Eu não vou sair daqui enquanto você não abrir essa porta pra conversarmos!
_ Então você vai ficar aí a noite inteira! Agora me deixa dormir!
_ Eu te amo Daniely Rincon! É tão difícil entender isso?
_ Você me conheceu hoje! Se liga!
_ Já faz três anos que eu te amo com todas as minhas forças!
_ Eu não acredito nessas coisas Henrique! Eu não vou cair nessa! Vocês homens dizem qualquer merda pra ganhar uma garota! Eu já passei por isso uma vez e não vou ser trouxa de cair nessa de novo! Eu juro que se você não me deixar em paz eu vou falar com a minha mãe!
Ouvir essas palavras da Dany me feriram mortalmente, mas eu sabia que o culpado disso tudo era eu mesmo. Como eu pude magoar a garota que eu amo dessa forma? Desesperado eu me sentei no chão, encostei em sua porta e comecei a chorar feito uma criança, eu não poderia perder a garota que eu amo pra "ele".
Agora eu sabia o que era sofrer por amor. Eu tinha que fazer algo pra ela me perdoar, mas eu não tinha ideia o que seria então resolvi que falaria com Léo, ele tem mais experiência com mulher e me ajudaria a bolar algo.
Fiquei um bom tempo ali sentado e chorando que acabei pegando no sono. Só fui acordar com o barulho de porta batendo e risadas de Nanda e meu pai, então me levantei, peguei a gatinha de pelúcia e fui pro meu quarto. Tirei minha camisa e minha calça e me deitei de cueca na cama abraçado a gatinha de pelúcia que ganhei pra Dany e acabei dormindo novamente, mas uma coisa eu tinha certeza, eu iria convencer Dany de que meus sentimentos são verdadeiros.

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