Pov de Bella
Estava na faculdade, perdida em pensamentos sobre o luau que Marcelo que teria em La Push, quando um bilhete amassado foi atirado em minha direção. Sem sequer me preocupar com quem havia jogado, desembrulhei o papel e li a mensagem escrita de forma apressada:
"Oi Bela,
Hoje terá um luau em La Push e eu gostaria de saber se você quer ir comigo?
Beijos, Kalil"
Kalil. Aquele nome sempre parecia aparecer quando eu menos esperava, como uma sombra que não se desvanece. Ele estava sempre tentando me conquistar de alguma forma, mas eu sabia que o seu charme não era o suficiente para me convencer a mudar meus planos.
Com um suspiro resignado, dobrei o bilhete e o enfiei no meu caderno. O sinal para o intervalo do almoço tocou, e eu comecei a arrumar meus materiais com uma sensação de alívio. A última coisa que eu queria era ter que lidar com mais um charme inoportuno.
Quando terminei de arrumar meus livros e me dirigi para o pátio, uma voz familiar ecoou atrás de mim:
— Ei, Bela!
Virei-me e vi Kalil se aproximando com uma expressão esperançosa. Ele estava ofegante, como se tivesse corrido para me alcançar.
— Oi, Bela.
— Ah, oi... Kalil. — Respondi com um tom que não escondia meu desinteresse.
— Bela, hoje terá um luau em La Push. Será que eu tenho alguma chance de te levar comigo?
Pensei por um momento, mas logo respondi:
— Sinto muito, Kalil, mas não vai dar. Tenho que estudar.
Ele insistiu, com um olhar de súplica nos olhos:
— Ah, Bela, por favor.
— Sinto muito, mas não vai dar. Quem sabe outro dia.
Derrotado, ele concordou com um suspiro:
— Tudo bem, deixa pra próxima vez.
O restante das aulas passou sem maiores incidentes, o que foi um alívio. Assim que saí da faculdade, vi um dos amigos de Jacob se aproximando com minha picape. Ele entregou a chave e me explicou que Jacob estava ocupado e não pôde vir pessoalmente. Paguei pelo serviço e agradeci e entrei no veículo, dirigindo para casa com um sentimento inquieto pairando no ar.
Cheguei em casa e me deparei com uma atmosfera estranha. Havia uma sensação de desconforto que não conseguia explicar. O que era um simples retorno para casa estava começando a parecer mais sinistro. Ignorei a sensação e fui para a cozinha buscar algo para comer, mas a fome parecia ter sido substituída por um cansaço avassalador.
Depois de comer algo rápido, fui para o meu quarto e me joguei na cama. Mal toquei o travesseiro quando fui consumida por um sono profundo. O mundo dos sonhos me engoliu rapidamente, mas mesmo no reino dos sonhos, eu não consegui escapar do pressentimento perturbador que havia começado a me assombrar. Algo estava prestes a acontecer, e a sensação de que algo estava errado era inescapável.
No meio da noite, um sussurro quase inaudível cortou o silêncio da minha sala, como uma brisa que leva segredos. Mas o cansaço era tão grande que eu apenas me afundei ainda mais no sono, sem perceber que os sonhos estavam prestes a se transformar em algo muito mais real e aterrorizante.

0 Comments:
Postar um comentário