Pov de Fernando


Tudo o que estava acontecendo com Bella estava me intrigando profundamente, mistérios acumulando-se sobre mais mistérios, e isso estava me enlouquecendo. Eu estava em minha biblioteca, imerso em pesquisas, quando fui surpreendido por alguém que eu realmente não esperava ver tão cedo.


— Boa noite, meu filho! — Disse meu pai, alegremente. — Como têm passado as coisas por aqui?


— Quem é vivo sempre aparece. — Respondi sem nenhum entusiasmo.


— É assim que você recebe seu pai? — Ele disse, vindo em minha direção e me puxando para um abraço apertado.


— O que você quer, velho?


— Veja como fala comigo, garoto! Eu ainda sou seu pai!


— Eu te conheço, Gregory Kesller. Você só está aqui por interesse! O que é dessa vez?


— Vim fazer apenas uma visita, já que você nem me liga pra saber se estou vivo ou morto.


— Vou fingir que acredito.


— O que você está lendo? — Ele disse olhando para o livro que estava em minha mão.


— Não é da sua conta. — Disse, fechando o livro e empilhando alguns papéis em cima. — Quanto tempo vai ficar dessa vez? Dois, três dias?


— Ainda não sei.


— Pai! Onde você colocou aquele... — Disse meu filho entrando na biblioteca. — Vovô? O que faz aqui? — Kalil correu para abraçá-lo.


— Vim passar um tempo aqui com vocês. — Ele disse abraçando Kalil. — Nossa, menino, como você cresceu!


— Dez anos não são brincadeira, vovô. — Ele respondeu rindo.


— Estou morrendo de fome. O que temos pra comer?


— Ainda não jantamos. — Disse Kalil. — Venha, vamos comer algo antes do jantar.


— Pelo menos meu neto é mais receptivo.


— Kalil, diz pra senhora Peterson arrumar o quarto de hóspedes pro seu avô.


— Quarto de hóspedes? E meu antigo quarto?


— Agora é meu quarto, e não pretendo dividi-lo com você.


Meu pai e meu filho saíram da biblioteca sem dizer mais nada, mas eu sabia que ele estava ali não apenas para uma simples visita.


Pov de Gregory


Eu realmente estava animado por estar em casa novamente, já fazia dez anos que eu não via minha família, mas meu trabalho exigia isso. Quando minha esposa morreu, Fernando era adolescente, mas ele nunca soube realmente como a mãe dele morreu e eu carrego esse segredo até hoje. Eu a vi ser morta e jurei caçar o desgraçado por isso. Desde então, caí no mundo atrás dele.


A última vez que estive aqui, meu filho ainda estava na faculdade e era pai solteiro. Kalil tinha uns dez anos e, somente agora, regressei, pois obtive informações de que Aro Volturi estaria por aqui novamente, atrás de uma lenda que ele diz ser real.


Eu queria aproveitar esse tempo para ficar um pouco com meu filho e com meu neto e curtir o que me foi roubado. Tenho pistas quentes de que ele e sua família nojenta de sanguessugas estão por aqui e, por causa dessa maldita lenda, sabia que uma guerra entre lobos e vampiros começaria em breve, e eu estaria lá para estragar esse momento deles.


Enquanto caminhávamos pela casa, uma sensação opressiva e fria tomou conta de mim. Algo estava errado. As sombras nas paredes pareciam se mover, dançando como se tivessem vida própria. As luzes piscavam, criando um ambiente sinistro.


— Vovô, você está bem? — Kalil perguntou, notando minha expressão.


— Estou, garoto. Só lembranças antigas. — Respondi, tentando disfarçar a preocupação.


Mas a verdade é que eu sentia a presença de algo sombrio. Algo que não estava ali apenas para observar, mas para interferir.


Naquela noite, enquanto todos dormiam, eu fiquei acordado, sentado na biblioteca, com um copo de uísque na mão. As lembranças do passado assombravam minha mente. Lembranças da noite em que minha esposa foi assassinada por aquele maldito vampiro. O rosto dela, pálido e sem vida, ainda estava gravado em minha memória.


Ouvi um barulho do lado de fora. Levantei-me, peguei meu revólver e fui verificar. A névoa densa cobria o jardim, tornando difícil ver qualquer coisa. De repente, vi uma sombra se movendo rapidamente. A adrenalina tomou conta de mim, e comecei a seguir a figura na escuridão.

— Quem está aí? — Gritei, minha voz ecoando na noite silenciosa.


A sombra parou, e pude ver olhos vermelhos brilhando na escuridão. Era ele. O vampiro que eu procurava há tanto tempo. Sem pensar duas vezes, apontei a arma e disparei, mas a figura desapareceu antes que a bala pudesse atingi-la.


Voltei para dentro, trancando todas as portas e janelas. Sabia que ele estava perto e que a verdadeira batalha estava apenas começando. Não descansaria até que ele estivesse morto e minha família estivesse segura.


O suspense estava no ar, e a tensão era palpável. A sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer não me deixava em paz. Sabia que precisava proteger minha família a todo custo. A guerra entre lobos e vampiros estava prestes a explodir, e eu estava no meio disso tudo, pronto para enfrentar qualquer coisa que viesse em nosso caminho.


— Gregory, você está preparado para o que está por vir? — perguntei a mim mesmo, sabendo que a resposta era crucial para nossa sobrevivência.


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