Pov de Aro


Eu sempre fui obcecado pelo poder e pelo controle. Durante séculos, eu havia buscado maneiras de fortalecer minha posição e garantir a supremacia dos vampiros. Ao longo de minhas pesquisas, descobri uma antiga lenda sobre a Ceifadora e o Vampiro. Segundo a lenda, a união desses dois seres poderia trazer ao mundo um ser de poder inimaginável, capaz de unificar todas as espécies sobrenaturais sob um único domínio.


Determinado a replicar essa história e concretizar a profecia, passei séculos em busca de uma Ceifadora. Quando finalmente encontrei uma, fiz tudo ao meu alcance para conquistar seu coração e garantir que tivéssemos um filho juntos. Porém, a Ceifadora, percebendo os meus verdadeiros objetivos, fugiu para proteger seu bebê.


No dia do parto, ela entregou sua filha a seu amigo mais confiável, Charles, pedindo-lhe que cuidasse da menina e a mantivesse longe das garras de qualquer um que quisesse lhe fazer mal. A Ceifadora faleceu logo após o nascimento da criança, deixando Charles com a responsabilidade de proteger a menina e seu segredo.


Cinco décadas se passaram, e persistente como sempre, eu estava determinado a encontrar minha filha perdida. Usei todos os recursos à minha disposição para rastreá-la, meus espiões infiltrados em diversas comunidades sobrenaturais, aguardando qualquer sinal que pudesse levar à sua localização.


Em minhas pesquisas, me deparei com o tumultuado passado de Edward Cullen. Logo percebi que encontrar a predestinada de Edward poderia ser a chave para localizar minha própria filha. Assim, ordenei que meus guardas vigiassem atentamente os Cullen, especialmente Edward.


Os vigias relataram movimentos suspeitos de Edward, que frequentemente se encontrava com uma humana. Isso despertou ainda mais o meu interesse. Eu estava convencido de que essa humana poderia estar conectada de alguma forma à minha filha. Quando os vigias avistaram Alice Cullen acompanhando a humana, eles decidiram agir.


No entanto, ao chegarem na casa dos Cullen, encontraram uma surpresa inesperada. Um poderoso lobisomem, estava esperando por eles. A batalha foi feroz e rápida, com o lobisomem conseguindo repelir os atacantes, garantindo a segurança de Alice e da humana.


A notícia do fracasso de meus guardas me enfureceu, mas também aumentou minha determinação. Eu sabia que estava no caminho certo. Ordenei uma vigilância ainda mais rigorosa sobre os Cullen, especialmente sobre Alice e Edward, certos de que, em breve, descobriria a verdade e, finalmente, encontraria minha filha.


Eu observava de minha posição, com os olhos fixos no horizonte.


"A profecia se cumprirá", murmurei para mim mesmo. "E eu terei o poder que me foi prometido."



Pov de Gregory


Já faziam 3 dias que estou de volta em casa e parece que meu filho não está nem aí comigo. Sei que o que fiz não foi legal, mas eu precisava ir atrás do maldito sanguessuga que matou minha esposa. O abandonei na adolescência, mas fiz isso sabendo do homem que ele se tornaria no futuro, pois essa foi a criação que lhe demos, de ser independente sempre.


Meu neto era o único que me fazia companhia, parecia gostar da minha presença, mas ele tinha os compromissos dele, eu não ficaria no seu pé te atrapalhando. Estava noite, desci para a cozinha para preparar um chá, quando vejo meu neto sentado na varanda, com o olhar perdido no horizonte e o coração pesado de tristeza.


A lua brilhava no céu, mas sua luz parecia incapaz de iluminar o turbilhão de emoções que ele sentia. O som das folhas sussurrando ao vento não conseguia acalmá-lo, eu sabia que algo estava profundamente perturbando meu neto e decidi que era hora de uma conversa séria. Me aproximei lentamente e sentei-me ao seu lado.


— Meu neto, o que está acontecendo? Você parece tão abatido. — Perguntei com a voz cheia de preocupação.


Kalil suspirou profundamente antes de me responder.


— Eu estou apaixonado por uma garota desde o tempo da escola. Sempre corri atrás dela, mas ela nunca me deu a devida atenção. Agora estamos na faculdade e minhas chances com ela estão diminuindo ainda mais. Ela conheceu o mecânico da cidade e está saindo com ele. - Ele disse com indiferença.


Gregory ouviu atentamente, depois colocou a mão no ombro do neto.


— Meu querido, nunca trate as pessoas com indiferença. Nesse mundo, somos todos iguais, independente de nossas circunstâncias. Quero contar uma história que talvez te ajude a entender.


Kalil olhou para mim curioso. Então comecei a narrar:


— Eu venho de uma família muito importante e nobre. Sempre fomos ricos, mas isso nunca me impediu de seguir meus sonhos. Na faculdade, cursei medicina e foi lá no hospital que me aproximei mais de sua avó, Margareth Foster. Ela era filha dos empregados da nossa família. Apesar disso, sempre mostrou uma inteligência brilhante e meus pais decidiram pagar sua faculdade de Medicina. Ela se formou como a melhor da nossa época.


Sorri ao me lembrar de Margareth.


— Desde a adolescência, éramos apaixonados, mas meus pais me mandaram estudar fora. Quando voltei, depois que me formei na escola, entrei pra faculdade de medicina, assim como sua avó, mas só fomos começar a namorar depois que nos formamos, mas enfrentamos muitas barreiras. Margareth e eu estávamos sempre ocupados, salvando vidas nos hospitais, mas nunca desistimos do nosso amor. Eventualmente, nos casamos e tivemos seu pai, Fernando. Foram anos de felicidade intensa.


Minha expressão se tornou sombria.


— Margareth tinha um amor incondicional por você, Kalil. Mas quando você tinha cinco anos, ela sofreu um acidente de carro e faleceu. — Fiz uma pausa, visivelmente emocionado.


— Eu não lembro muito dela, vovô. Tenho apenas alguns flashes de um Natal em que ela me deu um cachorro de pelúcia. Foi o melhor presente que já ganhei. - Ele sorriu com os olhos brilhando.


Sorri tristemente.


— Ela te amava muito, Kalil. — Depois de um momento nostálgico, percebi movimentos na floresta nossa frente. — Mas agora vá dormir, meu neto. Você tem aula amanhã cedo. Eu vou verificar pra ter certeza de que a casa está devidamente trancada e vou dormir também.


Verifiquei que meu neto realmente foi para o quarto e logo sai pra fora novamente para verificar as armadilhas, eu temia pela vida da minha família. Saí da casa e a circulei, indo para o fundo e escutei barulhos vindo da floresta a minha frente, assim que me aproximei, vi um vampiro preso na armadilha de estacas.


— Mas que merda! - Xinguei baixo.


Enquanto pensava no que fazer, Fernando, apareceu e viu aquela cena que tanto fiz questão de esconder.


— Pai, o que está acontecendo aqui? — Fernando perguntou, incrédulo.


Mesmo no meio da confusão, Fernando me ajudou a dar um fim no vampiro. Depois de desmembrá-lo, pegamos os pedaços, fizemos uma fogueira e jogamos tudo no fogo. Após se livrar de tudo, Fernando exigiu uma explicação. Respirei fundo e contei toda a verdade.


— Quero que me conte toda a verdade pai! Porque eu acabei de te ajudar a se livrar de um corpo e não estou nem um pouco a fim de ir preso por isso. - Ele disse parecendo nervoso.


— Eu sou, na verdade, um caçador de vampiros. Sua mãe não morreu em um acidente. Ela foi assassinada por Aro Volturi. Desde então, venho caçando-o. A cidade de Forks está cheia de vampiros, mas o que mais me preocupa é que Aro está aqui. Eu ainda não sei onde, mas ele está por perto. - Eu disse tudo de uma vez.


— Mas o que esse vampiro está fazendo aqui na cidade? Não faz sentido, aqui não tem nada de tão valioso pra ele querer. - Ele disse confuso.


— Eu não sei ao certo. Ele anda a procura de um anjo e tudo leva a crer que o anjo está aqui. Faz sentido pra você? - Eu disse completamente confuso.


— Anjo? - Ele disse sem entender, mas logo sua expressão mudou. - Bella. - Ele disse em choque.


Eu estava vendo que meu filho sabe de mais coisas do que eu... Está na hora dele entrar pra equipe e me ajudar a caçar o desgraçado que matou sua mãe.


Fernando ficou em silêncio, absorvendo as informações. Ele sabia que sua vida e a de seu filho jamais seriam as mesmas. E assim, na quietude da noite, um novo capítulo de nossas vidas começava, repleto de perigos e segredos a serem desvendados.


Próximo

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