Pov de Taylor
Depois que resolvi algumas coisas com meu agente, voltei para o quarto, eu queria ficar o máximo de tempo com a Dany. Tirei 3 dias de folga, eu só queria a manter longe do que a faz mal, até resolver tudo por hora. Eu estava pensando nisso, quando Nanda se aproxima com uma cara bem acabada.
― Hey, não gosto de te ver assim. Sei que você só quer o bem da Dany.
― Eu só quero poder ter uma vida com a minha filha, algo que não tive no Brasil... É pedir muito? Isso o Victor não entende! - Ela disse começando a chorar.
― Do jeito que ela está frágil, tudo o que ela não precisa agora é ver como vocês estão... Futuras conversas... Se você quiser eu posso levá-la comigo e assim vocês podem ter essa conversa. - Eu disse colocando minha ideia em prática.
― Não quero te dar esse trabalho, querido.
― Não é trabalho algum. Eu amo demais a sua filha e por ela eu faço tudo.
― Obrigada por ser esse homem incrível com ela... - Ela disse me abraçando.
Mais uma vez o destino estava do meu lado e eu não iria desperdiçar essa chance. Meus planos estavam correndo bem, aos poucos eu estava conseguindo tirar o Henrique da jogada, faltava pouco para que eu desse a cartada final.
Pov de Victor
Ver minha vida desmoronar novamente, estava sendo a pior coisa da minha vida. Já passei por isso uma vez e vi a mulher que amo partir sem eu poder fazer nada e meu filho sofrer de uma forma surreal. Talvez 3 anos não tenha sido o suficiente para curar as feridas do meu filho e eu estava me sentindo muito culpado por isso. Assim que cheguei em casa, eu estava disposto de ter uma conversa definitiva com ele, mas algo me surpreendeu, assim que entrei em casa, já me veio a notícia de que ele não estava, de que ele havia chegado chorando e saiu como um raio levando uma mochila e uma mala grande. Fiquei louco quando soube e logo tentei ligar pra ele, mas seu celular estava desligado. Depois de muito pensar, me lembrei da casa de praia e logo fui pra lá, eu tinha a esperança de encontrá-lo.
Depois de uns 40 minutos, finalmente cheguei e constatei que a porta da frente estava destrancada, o Henrique não toma jeito mesmo, eu iria lhe chamar a atenção quanto a isso. Entrei e logo tranquei e fui andando pela casa que estava em um silêncio mortal. Percorri a parte de baixo e nada de Henrique, então fui para o andar de cima, direto para seu quarto e vi apenas a mochila jogada no chão e a mala em cima da cama.
Quando ele era pequeno, ele tinha mania de pegar o velho urso de pelúcia dele que ele ganhou da mãe e ir se isolar no sótão toda vez que alguém lhe chamava a atenção e assim que parei embaixo da escada, puxei a corda e desci a mesma. O lugar estava escuro, então assim que cheguei ao sótão já liguei a luz e corri o olhar pelo lugar empoeirado e vi Henrique deitado na cama, pois o lugar eu havia decorado de acordo com o seu gosto, universo, um tema que ele sempre amou junto com sua mãe.
Assim que o vi ali dormindo, parecia tão desprotegido, mesmo já sendo um homem eu quis sentar e chorar até me desidratar, se é que isso era possível. Eu só queria saber, como alguém consegue pensar algo de errado de alguém tão puro e sincero como meu filho? Eu o conheço muito bem e sei o quanto ele está sofrendo.
Eu sabia que ele iria acordar faminto, então saí e fui ver o que tinha na cozinha. Eu estava perdido fuçando os armários quando um barulho na porta me assustou e quando me virei, vi Olga sorrindo para mim.
― Olá senhor. - Disse a garota loira a minha frente, ela deve ter no mínimo uns 25 anos.
― Oi Olga. Como você está?
― Bem... Eu saí para comprar algumas coisas, caso o seu filho precise.
― Obrigado por cuidar dele.
― O senhor ficará por aqui também? - Ela perguntou simpática. - Para que eu arrume o seu quarto.
― Vou sim, quero um tempo com o meu filho.
Então sem perder tempo ela colocou as coisas em cima da mesa e subiu para arrumar as coisas. Passamos o restante da tarde conversando coisas banais, ela me fez esquecer um pouco dos meus problemas, mas assim que ouvi um barulho atrás de mim e me virei constatando que era Henrique, me levantei e fui abraçá-lo sem dizer nada, eu só queria meu filho comigo.

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